quarta-feira, 6 de outubro de 2010

DNJ 25 anos - Celebrando a memória e transformando a história

Neste ano, o Dia Nacional da Juventude completa 25 anos. Queremos fazer uma grande festa, celebrar a nossa história, celebrar a memória, celebrar tantas e tantas pessoas que passaram pelas pastorais, que construíram esta proposta do Dia Nacional da Juventude.

Por coincidência, o DNJ foi criado em 1985, ano em que a ONU estabeleceu como Ano Internacional da Juventude. E em 2010, quando o DNJ completa 25 anos, a ONU estabeleceu mais uma vez como o Ano Internacional da Juventude. Para nós é uma alegria em dose dupla poder, junto com o mundo todo, pensar e propor alternativas para que a juventude tenha mais vida, possa ter sonhos, ter oportunidade de viver bem e de viver feliz.

Alegra-nos o testemunho e a persistência das pastorais da juventude ao serem voz das multidões silenciadas; ao pautarem temáticas na defesa da vida e dos direitos juvenis, confrontando com o modo pelo qual a juventude é considerada pelo estado brasileiro, pela sociedade, pelas famílias, pela Igreja. O DNJ é parte de um todo maior, que busca a dignidade jovem; ele celebra as lutas anuais dos(as) jovens organizados(as); é a mobilização maior, concentrando multidões de jovens que buscam novas relações de vida, pautadas na justiça social, no poder popular, na diversidade, no protagonismo juvenil, na educação libertadora, na construção da paz. Também queremos olhar para a utopia, para a civilização do amor, porque são esses elementos que nos animam a lutar para construir.

Juventude das PJs

Continuamos hoje a utopia de uma juventude de outras épocas, que deixou um legado para nós, e que é um grande tesouro: a história que foi construída, todas as lutas, todas as reflexões que foram feitas. Também precisamos deixar esse legado para as próximas gerações. A juventude tem que estar sempre preocupada com o presente, mas em especial com o futuro, porque as gerações futuras vão recordar aquilo que construímos, que deixamos para a história brasileira.

As pastorais da juventude têm uma abrangência nacional. E num país como o nosso, continental e diverso, é muito interessante perceber as diferenças e poder dialogar com jovens ribeirinhos, quilombolas, indígenas, negros. Todos são jovens, mas têm uma realidade específica, alguns problemas diferentes uns dos outros. O jovem que vive na Amazônia, por exemplo, tem uma relação diferenciada com a questão do meio ambiente, ele tem uma consciência em relação a isso que chama a atenção para todo o país. Tem uma preocupação maior com a natureza porque está mais perto dela. Mas ele convoca todos os jovens do Brasil a pensar sobre essa questão. Então, é interessante, enriquecedor e cada vez mais gratificante para quem pode dialogar e construir alternativas juntamente com jovens tão diferentes.

Ações para viver bem

Quando falamos em ações concretas, pensamos muitas vezes em coisas magníficas, grandes, que possam mudar a realidade. Eu acredito, e já temos vivenciado isso nas pastorais, em ações bastante simples, em ações pequenas que, às vezes, implicam mudanças muito concretas na nossa vida e nas nossas organizações.

Em relação ao meio ambiente, por exemplo, a gente procura fazer momentos de mística e de interação com a natureza, para sentir e perceber a importância de cada árvore, de cada elemento, para que possamos compreender o valor de cada um deles. Essa é também uma ação importante: procurar não realizar sempre os encontros em lugares fechados, mas também em áreas livres, em lugares verdes que possibilitem perceber a importância e a beleza das águas, das flores para a nossa vida, para que a gente possa viver bem.

Acreditamos que cada vez mais não podemos promover ações isoladamente. Temos que estar sempre em parceria com outras organizações, em mutirão, dar-nos as mãos, perceber as outras organizações, buscar na escola, nas organizações sociais, no movimento negro, nos movimentos de defesa do meio ambiente, nas redes de juventude, enfim, tem muita gente aceitando fazer parte dessa luta, encarando essa bandeira como bandeira prioritária. Precisamos nos unir nas campanhas, nas reflexões e nas ações.

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